É necessário ir além do que é visível instintivamente e procurar ouvir as músicas de uma forma interpretativa, analítica e críica, procurando seu verdadeiro sentido.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
"Mas que nada" Jorge Ben Jor
É necessário ir além do que é visível instintivamente e procurar ouvir as músicas de uma forma interpretativa, analítica e críica, procurando seu verdadeiro sentido.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
"Sonhos de uma flauta" Teatro Mágico
Falando em Teatro Mágico outra música que é simplesmente apaixonante e, na minha modesta opinião, a melhor da banda é "O sonho de uma flauta". Melodia e letra perfeitas que nos fazem viajar por um mundo de sonhos.
A música fala que nem tudo é como aparenta ser. Que muitas vezes julgamos as coisas sem ao menos conhecer e ñ paramos pra observar como o difícil pode ser fácil.
"A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce, mas as vezes é doce não"
Com uma letra bem metafórica e deliciosa de se ouvir, Fernando Anitelli brinca com as palavras e leva uma mensagem de um mundo criado por nós que pode ser bem melhor do que parece.
Nada é como aparenta e uma coisa pode significar totalmente o contrário do que conseguimos ver superficialmente. Nossos sonhos podem estar muito mais próximos do q os vemos. Oq faz a diferença é a forma de olhar, o ponto de vista, a percepção.
"Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gent acorda e esquece de levantar"
Nós pré-moldamos tudo a nossa volta e isso não nos deixa abrir espaço pra outras possibilidades. Quando aprendemos a romper essa barreira, aí sim abrimos as portas para os nossos sonhos sairem do mundo imaginado. Quando deixarmos de esteriotipar e passarmos a notar, perceber, obsevar é que poderemos fazer todas as coisas que nos parecem fora do alcance acontecerem.
"Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso
Tem sorriso que parece choro
Tem choro que é pura alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia
Tem motivo pra viver dnovo
Tem o novo que quer motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito"
domingo, 25 de abril de 2010
"Pena" Teatro Mágico
"Pena", composta por Fernando Anitelli e Maíra Viana, dá um espetáculo de poesia em forma de música. A letra trata de toda falta de verdade na arte contemporânea. É visível em toda a nossa volta como a arte atual é quase que puramente comercial e é feita basicamente visando o lucro de alguns. O "Teatro Mágico" vem contra essa maré industrial da arte. Traz um estilo único e rico de fazer música. Sempre com muita originalidade, a trupe paulista faz uma mistura do circo com a música, a dança, o teatro, a poesia e a cultura em geral. Adepta da filosofia "Juntar tudo numa coisa só" a banda, formada em 2003, luta pela ascensão da arte independente brasileira. Tentam resgatar a arte pela arte. Sabem que ela vai muito além do fazer pra vender. A verdadeira arte nasce do inusitado, inimaginado, no cotidiano, nos detalhes.
"O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Um sorriso por ingresso
Falta assunto, falta acesso
Talento traduzido em cédula"
A arte vendável que ultrapassa os limites do sustentável. Se torna forçada e é produzida para alimentar o capitalismo.
"Acordes em ofertas, cordel em promoção
A prosa presa em papel de bala
Música rara em liquidação"
A esperança de uma renovação na arte brasileira é resgatada quando vemos grupos como esse do "Teatro Mágico", que lutam por uma verdadeira produção artística em nosso país. Não é de se espantar que tenham feito sucesso a partir da internet, este que é um meio de comunicação que abre um leque de oportunidades pra quem acredita na arte independente.