quinta-feira, 10 de junho de 2010

A música tem cor???!!!! :O

Como a maior parte das coisas que estão a nossa volta, a música também tem cor. A cor está em toda parte. No modo de cada um, no ar, no dia, na noite, no olhar e não poderia ser diferente com a música.
Semelhança entre ambas: O som e a cor se propagam; A música é feita de vibrações sonoras que se proliferam no ar chegando aos nossos ouvidos e por fim ao cérebro. A cor possui vários tipos de ondas que podem assumir diversas cores em função do comprimento de cada onda. Essas são só algumas características em que o som e a cor se assemelham.



Apesar de nos parecer imperceptível e até bizarro imaginar a cor do som, podemos notar como determinada música nos remete à uma cor. Isso acontece devido à vários fatores... A melodia, as notas, o volume e a letra são os principais elementos deste processo. Quando escutamos uma música que possui notas agudas, lembramos do céu. E quais são as cores ligadas ao céu? Tons claros, como o branco, azul, lilás. Notas graves nos remete à elementos fúnebres, por isso lembramos do preto e do marrom.
Assim, sem perceber, ligamos a música à determinada cor. E a cor dá movimento e criatividade à música, tornando-a mais alegre, viva e dinâmica. Música sem cor é música sem vida!!!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

PQ EU SOU O QUE EU QUISER! ;)


Liberdade é um tema que sempre inspirou os compositores de todos os estilos musicais. Sempre no meio de debates, dá muito pano pra manga e varia conforme o ponto de vista de cada um. Pra quem gosta de Reggae, uma ótima música que aborda o assunto de uma forma pacífica e atraente é “Liberdade pra dentro da cabeça” da banda Natiruts. Popularmente conhecida no mundo do reggae, a banda formada em 1996 em Brasília, defende e adota o reggae de raiz, mas é fortemente influenciada por estilos musicais brasileiros. A música fala que nós precisamos encontrar a liberdade que há dentro de cada um.



“Desigualdades que a luta
Afim de encontrar
A liberdade e a paz
Que a alma precisa ter”



Outra música que aborda a liberdade, mas de uma forma diferente é “Liberdade acima de tudo” da banda de rock, Charlie Brown Jr. Dessa vez de uma maneira mais agressiva, a liberdade é tratada como uma coisa que deveria ser direito de cada um. Fala que as pessoas deviam ter a liberdade para ser o que quiser e fazer da vida o que bem entendem. Todos estão constantemente preocupados com a vida alheia e até influenciando, ou pelo menos tentando, influenciá-la. A liberdade definida pelo grupo fala que cada um tem o direito de fazer as opções que achar conveniente  e que isso só interessa à pessoa, desde que não interfira na vida de uma terceira. Se o que ela faz interfere somente na própria vida, então não importa a mais ninguém. Todos tem o direito de ter a liberdade de pensar e agir como desejam.



Liberdade acima de tudo





CHARLIE BROWN



Deixa eu ser quem eu sou!
Se quiserem me internar não deixem
Deixem me exercer minha loucura em paz
Se quiserem me internar não deixem
Deixem me exercer minha loucura em paz
Porque eu nasci pra ser maluco
E te fazer a tradução
Do que é ser um bom maluco
Do que é ser um maluco sangue bom
Porque eu nasci pra ser maluco
E te fazer a tradução
Do que é ser um bom maluco
Do que é ser um maluco sangue bom
Deixa eu ser como eu sou!
Se quiseram me internar não deixem
Deixem me exercer minha loucura em paz
Se quiserem me internar não deixem
Deixem me exercer minha loucura em paz
Porque eu nasci pra ser maluco
E te fazer a tradução
Do que é ser um bom maluco
Do que é ser um maluco sangue bom
Porque eu nasci pra ser maluco
E te fazer a tradução
Do que é ser um bom maluco
Do que é ser um maluco sangue bom
Liberdade acima de tudo
De bem com a vida e de bem com o mundo
Liberdade acima de tudo
Se quiseram me internar não deixem
Deixem me exercer minha loucura em paz
Se quiserem me internar não deixem
Deixem me exercer minha loucura em paz
Porque eu nasci pra ser maluco
E te fazer a tradução
Do que é ser um bom maluco
O que é ser um maluco sangue bom

quinta-feira, 29 de abril de 2010

"Mas que nada" Jorge Ben Jor




Chega a ser engraçado o que acontece com a repercussão da música popular em nosso país. A maior parte da população, em muitos casos, escutam as músicas sem se dar conta do contexto em que estão inseridas. Leigos e sem muito interesse em saber o conteúdo daquilo que é consumido, muitas vezes ouvem músicas que vão contra sua própria cultura. Algumas músicas de cantoras de axé, como Ivete Sangalo, Margareth Meneses e até da própria MPB, como a Vanessa da Mata, fazem referência à Umbanda de um modo sutil, mas perceptívil que passa imperceptível pelo público em geral.




Jorge Ben, na música "Mas que nada", refere-se aos terreiros de Umbanda e de como fazem os rituais de dança. Fala de toda a energia da dança e a importância dela nesses acontecimentos. Faz referência a termos usados nos rituais como "Ariá, ariá.. Obá, obá, obá". "Obá" é uma saudação de Orixá usada na Umbanda. Notamos, também, a presença da religião na música em passagens como "Que é misto de maracatu. É samba de preto velho, samba de preto tú". Maracatu é uma manifestação artística da música folclórica afro-brasileira. É uma mistura das culturas indígenas, africanas e européias. "Preto Velho" é uma entidade da Umbanda, que simboliza os escravos da África que vieram para o Brasil. A letra, aparentemente simples, tem um forte impacto cultural.

É necessário ir além do que é visível instintivamente e procurar ouvir as músicas de uma forma interpretativa, analítica e críica, procurando seu verdadeiro sentido. 


Mas que nada

O ariá raió
Obá obá obá
Mas que nada
Sai da minha frente
Eu quero passar
Pois o samba está animado
O que eu quero é sambar
Esse samba
Que é misto de maracatu
É samba de preto velho
Samba de preto tú
Mas que nada
Um samba como este tão legal
Você não vai querer
Que eu chegue no final

O ariá raió
Obá obá obá

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"Sonhos de uma flauta" Teatro Mágico


Falando em Teatro Mágico outra música que é simplesmente apaixonante e, na minha modesta opinião, a melhor da banda é "O sonho de uma flauta". Melodia e letra perfeitas que nos fazem viajar por um mundo de sonhos.
A música fala que nem tudo é como aparenta ser. Que muitas vezes julgamos as coisas sem ao menos conhecer e ñ paramos pra observar como o difícil pode ser fácil.

"A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce, mas as vezes é doce não"

Com uma letra bem metafórica e deliciosa de se ouvir, Fernando Anitelli brinca com as palavras e leva uma mensagem de um mundo criado por nós que pode ser bem melhor do que parece.
Nada é como aparenta e uma coisa pode significar totalmente o contrário do que conseguimos ver superficialmente. Nossos sonhos podem estar muito mais próximos do q os vemos. Oq faz a diferença é a forma de olhar, o ponto de vista, a percepção.

"Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gent acorda e esquece de levantar"

Nós pré-moldamos tudo a nossa volta e isso não nos deixa abrir espaço pra outras possibilidades. Quando aprendemos a romper essa barreira, aí sim abrimos as portas para os nossos sonhos sairem do mundo imaginado. Quando deixarmos de esteriotipar e passarmos a notar, perceber, obsevar é que poderemos fazer todas as coisas que nos parecem fora do alcance acontecerem.

"Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso
Tem sorriso que parece choro
Tem choro que é pura alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia
Tem motivo pra viver dnovo
Tem o novo que quer motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito"

domingo, 25 de abril de 2010

"Pena" Teatro Mágico



"Pena", composta por Fernando Anitelli e Maíra Viana, dá um espetáculo de poesia em forma de música. A letra trata de toda falta de verdade na arte contemporânea. É visível em toda a nossa volta como a arte atual é quase que puramente comercial e é feita basicamente visando o lucro de alguns. O "Teatro Mágico" vem contra essa maré industrial da arte. Traz um estilo único e rico de fazer música. Sempre com muita originalidade, a trupe paulista faz uma mistura do circo com a música, a dança, o teatro, a poesia e a cultura em geral. Adepta da filosofia "Juntar tudo numa coisa só" a banda, formada em 2003, luta pela ascensão da arte independente brasileira. Tentam resgatar a arte pela arte. Sabem que ela vai muito além do fazer pra vender. A verdadeira arte nasce do inusitado, inimaginado, no cotidiano, nos detalhes.

"O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Um sorriso por ingresso
Falta assunto, falta acesso
Talento traduzido em cédula"

A arte vendável que ultrapassa os limites do sustentável. Se torna forçada e é produzida para alimentar o capitalismo.

"Acordes em ofertas, cordel em promoção
A prosa presa em papel de bala
Música rara em liquidação"

A esperança de uma renovação na arte brasileira é resgatada quando vemos grupos como esse do "Teatro Mágico", que lutam por uma verdadeira produção artística em nosso país. Não é de se espantar que tenham feito sucesso a partir da internet, este que é um meio de comunicação que abre um leque de oportunidades pra quem acredita na arte independente.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Um dia frio" Djavan


Djavan, na música "Um dia frio", fala de como um dia como esse traz sensibilidade e até o relaciona com a tristeza. O frio que traz lembranças e esperança de dias ensolarados. Depois de dias nublados o céu vai se abrir. Ele trabalha o tema relacionando-o com o amor. A dor da lembrança de uma pessoa que não se faz presente. E que mesmo assim ele não quer esquecer. O mundo dividido pela vontade de ter alguém que está distante. O dia vai nascer mais belo com a volta desse ser que, na música, é essencial pra sua felicidade. Ele aguarda esse acontecimento que trará de volta sua alegria e sua vontade de viver.

terça-feira, 13 de abril de 2010

"Reza Vela" O Rappa


O Rappa, banda popularmente conhecida por suas letras de forte impacto social, supreendeu mais uma vez quando criou a música "Reza Vela". A letra fala sobre a fé cotidiana que faz parte da vida das pessoas. Principalmente dos pobres e oprimidos pela sociedade. Fala das rezas que funciona como um refúgio diante do sofrimento do povo. Diz, na música, que não se pode ficar parado diante das situações e, que além das preces, temos que estar atentos à tudo. A música abre espaço pra N interpretações e aborda um tema polêmico na sociedade: A real eficiência da fé nas nossas vidas. Será que no final a vela se apaga e é só isso? A fé faz um bem enorme para o nosso consciente, mas e a sua eficácia? De fato ela funciona?

Aliada à uma melodia que se encaixou perfeitamente com a letra e à um estilo musical do cotidiano da periferia, a música trata da religião e do valor que ela tem na sociedade atual.